Hino à Bandeira Nacional

Letra: Olavo Bilac

Música: Francisco Braga

 

 

Salve, lindo pendão da esperança,

Salve, símbolo augusto da paz!

Tua nobre presença à lembrança

A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra

Em nosso peito juvenil,

Querido símbolo da terra,

Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas

Este céu de puríssimo azul,

A verdura sem par destas matas,

E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra etc.

Contemplando o teu vulto sagrado,

Compreendemos o nosso dever;

E o Brasil, por seus filhos amado,

Poderoso e feliz há de ser.

Recebe o afeto que se encerra etc.

Sobre a imensa Nação Brasileira,

Nos momentos de festa ou de dor,

Paira sempre, sagrada bandeira,

Pavilhão da Justiça e do Amor!

Recebe o afeto que se encerra etc.

 Saudação à Bandeira

(a presente Saudação à Bandeira foi apresentada pelo CL Alexandre Garcia Kury, por ocasião da Iª Convenção do Distrito LD-4, em Santo Ângelo-RS, no ano de 2000)

Salve, lindo pendão da esperança!

Salve, símbolo augusto da paz!

Tua nobre presença à lembrança

À grandeza da pátria nos traz.

Reverenciamos, neste momento, o símbolo que, de forma mais fiel, espelha a nossa Pátria, a Bandeira.

Lançando as vistas sobre esse pavilhão, mesmo que por um instante, não há brasileiro que deixe de sentir no âmago o que ela representa, como síntese de nossa nacionalidade.

A Bandeira do Brasil é o símbolo maior da Pátria. Altaneira e vibrante, significa muito mais do que o nosso espaço físico e as nossas riquezas, pois é sua própria encarnação. A história da nossa Bandeira é a história do nosso povo, pois nela se encontram o passado, o presente e o futuro.

A Bandeira é um pano e é uma Nação, como a cruz é um madeiro e é toda uma fé. Cada um de nós brasileiros está nela incluído, bem como cada estado da Federação é representado por uma estrela, assim como cada porção do Território em toda sua magnitude e todas as instituições. Representa a saga dos que, no passado, lutaram para fazer desta terra uma Nação independente, íntegra e coesa e dos que, no presente, labutam pelo seu desenvolvimento, assegurando um futuro melhor para as próximas gerações.

Antecedendo a nossa atual Bandeira, muitas outras tremularam, desde o dia 22 de Abril do ano de 1500, quando a Esquadra de Pedro Alvares Cabral desembarcou nesta Terra Abençoada por Deus. Não eram representativas de nossa nacionalidade, mas com grande influência da vida dos colonizadores. Foram erguidas a Bandeira da Ordem de Cristo; a Bandeira do Principado do Brasil; a Bandeira do Brasil Holandês; a Bandeira do Reino Unido de Portugal – Brasil e Algarve; a Bandeira do Reino e Imperial do Brasil; a Bandeira Provisória da República do Brasil; e por fim a Bandeira da República do Brasil que fora adotada através o Decreto nº 4, de 19 de Novembro de 1889.

Com o projeto de Raimundo Teixeira Mendes e de Miguel Lemos, os dois maiores líderes do positivismo no Brasil e com o apoio de Benjamim Constant e Demétrio Ribeiro, assim foi idealizada:

O campo verde caracteriza a esperança, representando os ramos arrancados às árvores, que significaram o primeiro objeto que funcionou como bandeira, o imenso mar, literariamente verde e o estandarte dos Bandeirantes.

O amarelo significa a riqueza mineral e, poeticamente, o Sol, que nos garante condições de sobrevivência.

O azul simboliza nossa posição espiritualista no contexto da civilização cristã-ocidental.

O branco representa nossa tradição de paz, o ecumenismo religioso e o respeito pelas diversas opções ideológicas de cada povo.

O losango representa a mulher em sua tarefa de mãe, esposa e filha.

A esfera aprofunda nossa consciência planetária.

O Céu recorda o instante da vitória Republicana, significando ainda nossa formação cultural, na esteira de nossos valores cristãos - ocidentais, bem como a evolução de um princípio interior, que nos impulsiona para perfeições cada vez mais ascendentes.

As estrelas reproduzem, a sua disposição, o aspecto do Céu do Rio de Janeiro na Proclamação da República, em sua versão primeira.

O Cruzeiro do Sul lembra a maior parte do Território Nacional no hemisfério sul, os primeiros nomes de nossa terra e o arcabouço cultural que permitiu a unificação da Nação num só País.

A Zona Branca resume um dos capítulos centrais da Astronomia Solar, bem como a presença do Rio Amazonas.

A faixa diagonal significa a proclamação do Postulado aceito de que o exercício do Poder não constitui privilégio e decorre do Mandato Nacional da forma histórica em que se inscreve.

O dístico Ordem e Progresso, é um lema completo “O Amor por princípio, a Ordem por base e o Progresso por fim”. De inspiração positivista, é de natureza pacífica e dinâmica, representando uma convocação geral aos brasileiros para a arrancada irreversível pelo nosso desenvolvimento. Representa ainda o culto pela nossa língua, pois só existem três casos no mundo em que um Idioma Nacional está inscrito na Estrutura Simbólica da Pátria.

Companheiros, Companheiras, Domadoras, Companheiros Léo e Convidados! ... Saudando a Bandeira do Brasil, estamos reverenciando a nossa Pátria; assumindo o compromisso firmado por todos nós, brasileiros, que o patrimônio legado pelos nossos ascendentes será transmitido por inteiro aos nossos descendentes, sem que um milímetro dele seja subtraído, seja qual for o preço. Nós brasileiros, e em especial nós do Lions Clube Internacional, estaremos sempre vigilantes em defesa dos nossos maiores valores.

Osculando-a respeitosamente, estamos selando nosso juramento, à Bandeira do Brasil.

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